
É um tipo de vegetação cuja localização é principalmente o nordeste brasileiro, mas ocorrendo também no norte de Minas Gerais. Esta região é marcada pelo clima semi-árido, com chuvas irregulares. Apresenta duas estações não muito bem definidas: uma quente e seca, e outra quente e com chuvas. Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60 ºC. O sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos trechos mais estreitos, secam e param de correr. O cenário árido é a descrição da Caatinga, que na língua indígena quer dizer Mata Branca, durante o prolongado período de seca correspondente ao inverno. É comum a estação seca se prolongar o que provoca grande mal à população do local.
Os cerca de 20 milhões de brasileiros que vivem nos 800 mil km2 de Caatinga nem sempre podem contar com as chuvas de verão. Quando não chove, o homem do sertão e sua família sofrem muito. Precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo. Mesmo quando chove, o solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25 ºC e 29ºC) provoca intensa evaporação. Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior, a agricultura se torna possível. Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semi-desertos nublados mas sem chuva. O vento seco e quente não refresca, incomoda. Assim que começam as primeiras chuvas a vegetação ganha novos ramos, aparecem varias gramíneas, e a caatinga toma um aspecto verde, bem diferente do marrom que se tem como cor predominante na estação seca.

Por outro lado, o aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 800 milímetros anualmente. A Caatinga apresenta três estratos: arbóreos (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). Contraditoriamente, a flora dos sertões, constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à secura, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na Caatinga. No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo.
A fauna de répteis é abundante, podendo ser encontrados um grande número de lagartos e cobras. Além disso existem alguns roedores e muitos insetos e aracnídios. A dificuldade de se encontrar água é um obstáculo para a existência de grandes mamíferos na região, mas são encontrados cachorros do mato e outros animais que se alimentam principalmente de roedores. Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-curucu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.
O homem complicou ainda mais a dura vida no sertão. Fazendas de criação de gado começaram a ocupar o cenário na época do Brasil colônia. Os primeiros a chegar pouco entendiam a fragilidade da Caatinga, cuja aparência árida denuncia uma falsa solidez. Para combater a seca foram construídos açudes para abastecer de água os homens, seus animais e suas lavouras. Desde o Império, quando essas obras tiveram início, o governo prossegue com o trabalho. Os grandes açudes atraíram fazendas de criação de gado. Em regiões como o vale do São Francisco, a irrigação foi incentivada sem o uso de técnica apropriada e o resultado tem sido desastroso. A salinização do solo é, hoje, uma realidade, especialmente na região onde os solos são rasos e a evaporação da água ocorre rapidamente devido ao calor. A agricultura nessas áreas tornou-se impraticável.
Outro problema é a contaminação das águas por agrotóxicos. Depois de aplicado nas lavouras, o agrotóxico escorre das folhas para o solo, levado pela irrigação, e daí para as represas, matando os peixes. Nos últimos 15 anos, 40 mil km2 de Caatinga se transformaram em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente da região. As siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal.
O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas mais povoadas do mundo. A diferença entre a Caatinga e áreas com as mesmas características em outros países é que as populações se concentram onde existe água, promovendo um controle rigoroso da natalidade. No Brasil, entretanto, o homem está presente em toda a parte, tentando garantir a sua sobrevivência na luta contra o clima.
Mandacaru – fruto oblongo, com cerca de 7cm de comprimento, de casca grossa e vermelha quando maduro, polpa branca e suculenta, contendo inúmeras sementes pequenas e pretas.
Licuri - fruto de palmeira, de formato ovoíde e coloração amarela quando maduro, contendo polpa amarela e semente comestível. As folhas fornecem por raspagem a "cera de licuri" e os coquinhos são bastante utilizados na confecção de artesanatos (rosários)
Umbu - fruto arredondado, com cerca de 3cm de comprimento, com casca verde-amarelada quando maduro, envolvendo polpa branca ou esverdeada, suculenta, de sabor agridoce e contendo uma semente. O umbu pode ser consumido in natura ou utilizado no preparo da umbuzada, quando este é cozido e misturado ao leite e açúcar. O umbuzeiro é considerado a árvore sagrada do sertão, pois cada túbera existente em suas raízes armazena cerca de ¼ de litro de água perfeitamente potável.
Juá - pequeno fruto esférico, de cor parda quando maduro, com polpa farinácea, de sabor ácido e adocicado, contendo sementes envolvidas por mucilagem transparente, difícil de separar enquanto o fruto não está meio seco. O juazeiro conserva-se verde mesmo no período da seca, produzindo frutos de sabor não muito apreciado, porém ricos em vitamina C, constituindo-se em importante fonte de alimentação do sertanejo e de seu gado.
Animais da Caatinga que Foram identificadas:

17 espécies de anfíbios
44 de répteis
695 de aves
e 120 de mamíferos
Um total de 876 espécies animais, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.
Plantas da Caatinga
Juazeiro: A árvore de porte mediano com espinhos no tronco, flores pequenas amarelas esverdeadas e frutos ricos em vitamina C.
Pereiro: Árvore de casca lisa e acinzentada de porte regular, flores aglomeradas em pequenos ramos de perfume agradável exalada especialmente a noite.
Mandacaru: Seu caule suculento armazena água. É cheio de espinhos que são folhas modificadas e possui flores grandes, brancas, que só se abrem durante a noite.
Pau-Branco: Árvore de porte médio flores pequenas, brancas e perfumadas, utilizada em construções e marcenarias.
CONCLUSÃO:
A Caatinga não é um ecossistema pobre em diversidade, como se pensava até mesmo no meio acadêmico. É sim, o menos estudado, o menos protegido e um dos mais degradados. E também o único exclusivamente brasileiro.
Fonte:http://143.107.240.36/portal/Result2000/neto/frutas.htm
http://www.vivaterra.org.br/caatinga.htm
Maravilhoso... E tudo isso provém da nossa caatinga.
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